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Mais de 60 pessoas assistiram palestras sobre bem-estar no trabalho e inteligência empresarial  

"Quando não temos tempo de olhar para nós mesmos, adoecemos para poder fazer isso. A doença é a cura, desde que entendida em sua essência", ressaltou o ginecologista e obstetra Dorval Tessari, na palestra de abertura do 3º Fórum de Gestão de Pessoas, realizado na tarde de quarta-feira, 12, no auditório da Associação de Pequenas e Médias Empresas (Apeme), em Garibaldi. Mais de 60 pessoas assistiram exposições e case de sucesso que servem de exemplo e reflexão. 

Gestores de empresas e entidades tiveram a oportunidade de agregar conhecimento ao currículo e bagagem pessoal em uma tarde instrutiva. Tessari articulou sobre o tema Quando o trabalho adoece. Em meio à explicação, falou sobre como o corpo é sábio e atrai o que precisa para voltar ao seu rumo. "A doença sempre é simbólica; cada pessoa tem a doença que precisa para se curar." Ao final de sua exposição, o médico deixou o convite para cada um se questionar sobre qual é o seu real motivo para estar trabalhando. Segundo ele, a maior parte das pessoas simplesmente trabalha, sem saber o porquê. "Nós não temos mais limite e nem noção de tempo. Socialmente estamos doentes, perdemos o rumo. Vivemos em uma sociedade desestruturada, na qual há um deslocamento da função do trabalho. Qual é o verdadeiro objetivo do trabalho? Transformar", destacou o palestrante.    

Na sequência, foi a vez de Mônica Vitor Pereira e Viviane Fialho Franzoi falarem como gestoras da Eaton - empresa destaque pela Associação Serrana de Recursos Humanos (ARH), no ano de 2016, na categoria Projetos. Mônica é administradora de empresas e MBA em Desenvolvimento Humano de Líderes. Viviane é psicóloga com especialização em Dinâmica de Grupos. 

Para fechar a tarde, o empreendedor Patrick Augusto Piccoli, autor do livro Loveback - O Retorno com Amor, explicou sua teoria sobre feedback e loveback, e como os dois fazem toda a diferença para os resultados. "Passamos a maior parte do nosso tempo no trabalho. Se queremos um mundo melhor, cabe aos gestores trabalharem dentro das empresas sentimentos bons e de amor, para que as pessoas levem para a sociedade esse reflexo. O grande segredo está na forma de comunicação dentro das instituições: como se expressam e como são compreendidas. As pessoas precisam de novos desafios e mudanças no dia a dia. Fazer diferente dá resultado", justificou Piccoli. 

O palestrante desenvolveu uma comparação entre os conceitos: "o tradicional feedback busca a melhoria individual, já o loveback se preocupa com o bem-estar de todos. Enquanto o primeiro admite que problemas existem e voltarão a acontecer, o segundo previne. De um lado, o feedback segue padrões e normas à risca; de outro, o loveback tem o respeito como base. O primeiro gera resistência e desmotiva. O loveback promove engajamento e mais produtividade", disse o autor da comparação. 

O 3º Fórum de Gestão de Pessoas foi realizado pela Apeme em parceria com a Bortolini Móveis, Hospital Beneficente São Pedro e Humanizare Psicologia Organizacional.