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“Seja o próximo idiota!” Foi com essa frase que Marcus Vinícius Tonin, criador do Marketeiro Confesso, encerrou a palestra “Marketing Digital – O segredo para o verdadeiro engajamento” na noite de quinta-feira, dia 28, em Garibaldi. Ele se referia a pessoas que têm medo de se expor nas redes sociais, mas rotulam os que o fazem como “idiotas”. Durante o encontro, promovido pela Associação de Pequenas e Médias Empresas (Apeme) de Garibaldi com apoio do Sebrae/RS, no Dall Onder Ski Hotel, Marcus saiu do convencional por diversas vezes e surpreendeu o público: “Eu lancei um ebook e achei que ficaria rico. Ninguém comprou. Ninguém, nem a minha mãe! O que quero dizer com isso? Que você pode e vai errar. Muito. O importante é errar rápido, minimizar o erro, aprender e melhorar.”

Quem buscava respostas prontas não encontrou. “Muita gente me pergunta qual o segredo do verdadeiro engajamento. Qual a melhor hora para postar é sempre um dos primeiros questionamentos. A verdade é que o horário não vai fazer a menor diferença porque não existe fórmula pronta. É um jogo de detalhes. É preciso muito trabalho e, mais do que isso, é preciso considerar que todo tempo dedicado ao Marketing Digital conte como trabalho”, destacou.

Marcus citou exemplos de grandes ideias de marketing que são referência até hoje, mas fez um alerta: “não fique procurando uma grande ideia, ela raramente surge. Tente pequenas ideias, todos os dias”. Além disso, ele argumentou que consistência é uma das chaves para um marketing digital eficaz. “Repetição, repetição, repetição. Pode parecer ruim, mas é uma das melhores estratégias. Novos conteúdos sempre nos mesmos dias, em uma programação estruturada, fazem a diferença”, ensinou.

Mostrando quais os pilares fundamentais de um bom conteúdo, Marcus alertou quem aposta apenas em uma forma de divulgação, por exemplo, apresentar somente seus produtos ou serviços: “ninguém baixa o Instagram para fazer compras. A compra é uma consequência. Ao mesmo tempo, muitos estudos indicam que as pessoas querem que a organização tenha um ‘rosto’, ou seja, um atendimento humanizado. Some a isso a necessidade de leveza e bom-humor, porque ninguém gosta de gente ou empresa ranzinza. Talvez – talvez! – você possa conseguir sucesso. A verdade é que não há garantias”.

Marcus provocou a plateia ao final da palestra: “vocês acham que o negócio de vocês é difícil de divulgar? Imagine um cemitério. Se um cemitério consegue ter pitadas de humor em seu marketing, qual é mesmo o problema do seu negócio?”, alfinetou, referindo-se à página do cemitério “Jardim da Ressurreição”.