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Carlos Dendena. Foto: Daniela Radavelli

A pandemia parece, enfim, estar dando uma trégua e a vida volta, aos poucos, ao que consideramos normalidade. Mas nem mesmo quem é otimista prevê um 2022 fácil, especialmente em termos econômicos. “Neste ano, mesmo após a disseminação das vacinas contra o Coronavírus, tivemos muitas dificuldades, sobretudo em relação à falta de matéria-prima, problemas de logística e falta de alguns produtos. Mas, apesar de sabermos que 2022 também será um ano complicado, precisamos aproveitar as oportunidades que aparecerem”, analisa o presidente da Associação das Pequenas e Médias Empresas de Garibaldi (Apeme), o empresário do setor da Indústria Carlos Dendena.

Nessa semana o Banco Central divulgou a previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país. O indicador subiu de 10,12% para 10,15% neste ano – foi a 34ª elevação consecutiva da projeção. Para 2022, a estimativa de inflação subiu 4,96% para 5%. “Obviamente que a inflação pós-pandemia atingiu também o Brasil, mas temos como expectativa que o próximo ano seja um período de dificuldade menos agressiva”, analisa.

Para Dendena, oportunidades não faltarão: “é o caso da China, que não está dando conta de abastecer boa parte do mundo como ocorria antes da COVID-19. É uma chance que temos de produzir mais internamente e importar menos, o que aquece a economia local”. Por fim, o presidente instiga um questionamento: “que legado a pandemia deixou para a sua vida? Analisar isso pode ser determinante para nos tornarmos pessoas e profissionais melhores”.