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“Sou APEME e faço parte desta história”

Rumo aos 20 anos da APEME - Entrevista com Claudio Zappas

“A história de empreendedor do Zappas”

Claudio Zappas, sócio proprietário da Zappas Acabamentos, é o nosso primeiro entrevistado da seção “Sou APEME e faço parte desta história”. A loja está localizada na Rua Buarque de Macedo, 2649, sala 08, no centro de Garibaldi.

Zappas nos conta como surgiu a Zappas Acabamentos. Claudio já tinha experiência por trabalhar como funcionário na área de material de construção, desde 1983. Em 1993, ele fundou a empresa Zats Materiais de Construção, juntamente com outros três sócios. Após três anos, em 1996, Claudio e sua família abriram a Zappas Acabamentos. Assim consolidou o sonho de abrir seu próprio negócio, que até hoje é administrado pela família e conta com mais um colaborador. Desde a abertura, o objetivo foi diferenciar o trabalho, focando na parte de acabamentos e revestimentos, sendo a primeira loja de Garibaldi a focar-se na parte final da obra, nos detalhes.

E assim a Zappas trabalha até hoje, optando por poucos fornecedores e oferecendo um atendimento especializado, com diferenciais na negociação e prazos de pagamento. As principais marcas vendidas são a Portobello, Deca e Durafloor. Zappas costuma dizer que possui clientes há 30 anos, que mais de uma vez revestiram suas casas e apartamentos com os produtos de sua loja, devido à seriedade do trabalho feito.

Em 2009, a Zappas Acabamentos deu mais um importante passo, inaugurando sua nova loja em sede própria – planejada especialmente para bem atender, com quatro vagas de estacionamento, além de iluminação e layout adequados para o setor. Em 2016, a Zappas completa 20 anos de história.

“A história do Zappas com a APEME”

Naquele ano (1995) em que o Claudio Zappas planejava abrir sua própria loja, também surgiu para ele um novo desafio. Uma noite, o empresário Fabriciano Alves o procurou, com a ideia de fundar em Garibaldi uma entidade que fosse voltada somente às micro e pequenas empresas.

Assim Zappas foi o primeiro apoiador da ideia. Ele conta que saiu uma manhã inteira, indo pessoalmente, de loja em loja, para convidar os empresários a aderirem ao projeto. Todas as pessoas com quem ele conversou abraçaram a ideia na hora e se comprometeram a trabalhar juntos.

Conforme Zappas, esta foi a primeira iniciativa na cidade, de uma entidade que atendesse somente as pequenas empresas.

Foram feitas algumas reuniões preparatórias, para planejar como seria esta entidade. Estes registros constam no primeiro livro ata da APEME. Fabriciano acabou sendo o primeiro presidente da APEME. Claudio é associado à APEME desde o início e está na diretoria desde a fundação – nestes 19 anos de APEME, somente durante dois anos ele não esteve na diretoria formalmente, até para dar espaço a novos líderes. Nesses anos de participação, ele foi presidente, vice-presidente, tesoureiro, segundo tesoureiro e diretor do comércio.

Claudio conta que, após traçados os parâmetros de como seria a APEME, os fundadores contataram a Microempa, entidade de Caxias do Sul, buscando modelo de estatutos, pois esta é uma entidade voltada também às MPE – até hoje, a APEME relaciona-se com a Microempa, coirmã.

E assim, este grupo de amigos, empresários e sonhadores, fundou no dia 11 de abril de 1995, a APEME. Não havia dinheiro em caixa, nem infraestrutura, nem sede. Mas como diz Zappas, havia muita vontade. Segundo ele, as primeiras reuniões foram nas lojas dos integrantes. Depois, a Justina, da Juila Modas, ofertou o porão da casa de seu sogro, para ser a sede da APEME e lá eles passaram a se reunir, sem colaboradores no início.

Alguns meses depois, Claudio conta que já puderam contratar o primeiro colaborador da APEME, e logo, chegaram ao marco de 200 empresas.

Com tanta vontade de inovar e atender aos pequenos, não foi difícil para este grupo trazer novas ideias para Garibaldi. Foram levantadas as necessidades do setor e uma das primeiras ações da diretoria da APEME foi montar um consórcio para compra de microcomputador para as lojas. Naquela época, ter um computador era algo bem distante. E assim o consórcio durou 10 meses, em cada mês um consorciado era contemplado com seu computador.

Outra coisa que é muito simples e até defasada hoje é o uso do fax, mas naquela época foi uma importante conquista ter um aparelho, que era de uso coletivo e gratuito para os associados.

Zappas conta que a APEME foi a primeira entidade que buscou o convênio com a Unimed. Hoje, são 1.200 pessoas ligadas à APEME através do plano de saúde empresarial. Também foi a APEME a primeira entidade a fazer um convênio de telefonia móvel, na época com a Claro, convênio que existe até hoje.

Nosso entrevistado conta ainda que os associados foram se agregando ao natural, em virtude do trabalho sério que foi feito desde o começo. Mas naquela época, as atenções dos líderes em nível nacional não eram voltadas aos pequenos, o que evoluiu muito.

Outro ponto que Zappas ressalta é que a diretoria da APEME tem esse perfil jovem, ativo e inovador. E que além dos diretores, os colaboradores também sempre foram de muita qualidade, que agregaram e se dedicaram à causa APEME.

E ainda houve o Natal Borbulhante, que nasceu no mesmo ano da APEME, em 1995, com a ideia de fazer uma feira de natal. Ele nasceu pequeno, no espaço onde hoje é o Restaurante Marisa. O evento cresceu, como Zappas conta, de forma rápida. Depois de alguns anos passou a ser realizada a feira no Clube 31 de Outubro e a parte dos shows e gastronomia na Praça Loureiro da Silva. Até 2008, a gestão do Natal foi feita pela APEME, e após, a diretoria decidiu por bem transferir o evento para as mãos da Prefeitura, devido à grande amplitude que alcançou.

Ao ser questionado sobre o que houve de mais marcante nesses anos de sua relação com a APEME, Claudio responde o seguinte: “Sobre tudo que houve de bom na APEME, e mesmo o que não foi tão bom, se formos olhar para trás, houve acertos e erros. Mas, muito próximo dos 100%, tudo valeu a pena”.

Sobre a representatividade da APEME no cenário atual, na opinião de Zappas, “A entidade cresceu de tal maneira que está envolvida com o Poder Público, entidades e inúmeras ações importantes. Também é relevante a integração que temos com entidades de outros Municípios e as entidades que trabalham junto conosco – AVIGA, AGAMÓVEIS, AGACIM, Estrada do Sabor e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Garibaldi, atualmente”.

Nossa pergunta que mais tocou Zappas foi sobre como ele se sente sendo sócio da APEME. Sua resposta: “orgulhoso e feliz, por tudo que construímos de forma coletiva”.

E ainda ele conta que todas as decisões eram – e são – tomadas em grupo, e que todas as diretorias foram voluntárias nesta trajetória. Então ele nos fala de algo fundamental, o legado que cada um de nós deixa. O legado do exemplo e da trajetória que percorremos: é isto que fica da vida que levamos, é o que podemos deixar de mais especial a quem vem depois de nós.

Sobre o futuro, Claudio não vê dificuldades para a APEME – vê sim muito trabalho e mais crescimento, a partir da mudança para a sede nova, que será um marco para os associados da APEME (previsto para 2015). E segundo ele, o sucesso que ainda teremos, será fruto do trabalho sério que é feito e que continuará sendo feito. “Não é a toa que chegamos ao número tão valoroso de 800 associados”.

“A opinião da redação – equipe APEME”

Para nós todos que viemos depois nesta caminhada de APEME, é um prazer entrevistar alguém como o Cláudio Zappas – ele é a história viva desta entidade, que esteve sempre junto, sempre perto, sempre se dedicando e sendo um verdadeiro líder. Obrigado Cláudio, por tudo que tu fizestes nestes anos e pelo que representas para a APEME e para nossa comunidade.