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Conforme as pesquisas divulgadas no início deste ano pela Datafolha, atestou que a maioria das pessoas tem vontade em adquirir sistemas fotovoltaicos para gerar energia elétrica própria. Os sistemas de geração de energia solar fotovoltaica atualmente conhecido no país como Geração Distribuída, onde são compostos por módulos fotovoltaicos (que são instalados no telhado) e inversor (aparelho para converter a energia e conectar diretamente na rede elétrica da residência).

Prova disso é o município de Coronel Pilar, pequena localidade situada na Serra Gaúcha, que possui o título de menor população urbana do Brasil, com apenas 174 habitantes. Mesmo assim, já estreou esta nova tecnologia através de um sistema instalado na residência da família de Victor Rebellatto. O sistema instalado além de gerar energia, serve como cobertura para a área de lazer. A família, composta por Victor, sua esposa Ivanice, e os filhos Guilherme e Paula se sentem orgulhosos de fazer parte deste grupo de residências que já possuem autogeração de energia elétrica. O filho Guilherme Rebelatto declarou “É um sonho realizado aqui em casa!”, se referindo à geração da própria energia de forma sustentável. “Ainda mais que podemos monitorar pelo celular toda a energia gerada em tempo real”, completou Guilherme.

Segundo o Engenheiro Eduardo Lazzarotto, da empresa NCN ELETRO que foi responsável pelo projeto, o sistema foi projetado para gerar 700 kWh/mês, capaz de suprir 100% do consumo das duas residências da família. A energia que é gerada em maior quantidade no verão devido a irradiação solar intensa é acumulada para ser consumida no inverno, onde a intensidade do sol é mais baixa. Assim os créditos gerados ficam armazenados em kWh na própria conta de energia e o proprietário tem até 60 meses para consumir esse saldo. Neste projeto uma grande vantagem foi implantar um sistema para abater o consumo de duas residências. Isso fez com que o projeto se tornasse mais viável e com um retorno do investimento muito mais rápido.

A decisão, além de ecológica, é economicamente sustentável, pois o sistema possui garantia de eficiência de 25 anos. Estes sistemas tem baixa depreciação e se for comparada com outros investimentos, é muito atraente. Por exemplo, se comparada com a decisão de comprar um automóvel zero quilômetro, este em 6 anos já está 60% depreciado e já se desembolsou gastos extras com manutenção, licenciamento e seguro, enquanto que um sistema solar fotovoltaico o investimento neste mesmo período já se pagou e tem ainda muito tempo de vida útil para gerar mais economia. A afirmação é feita por Neuri Pasqualetto, diretor da empresa que ficou marcada como responsável por um dos primeiros projetos executados no Brasil. Neuri e sua equipe vem estudando esta tecnologia desde 2006 quando viajaram a Europa para visitar e estudar os modelos de negócios, projetos em andamento e os fabricantes desta tecnologia.

A velocidade do crescimento deste mercado, que em 2016 cresceu mais de 800% e que em 2017 estima-se crescer ainda mais, vai popularizando a tecnologia permitindo assim que mais pessoas tenham confiança na funcionalidade e nas vantagens de gerar a sua própria energia elétrica. Espera-se que até 2030 sejam investidos R$ 125 bilhões na aquisição de novos sistemas para Geração Distribuída. Isto além de gerar empregos e renda, vai gerar mais uma opção para a matriz energética brasileira que hoje é mais concentrada na geração de energia pelas hidrelétricas.